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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nunca escrevi um DESABAFO...


Nunca escrevi um desabafo... Já falei sobre inúmeras coisas que não gostava e me expressei incontáveis vezes, numa mescla de impulsos e insatisfações, mas teoricamente eu nunca falei o que penso, como penso, e por que penso. Talvez nem eu saiba essas respostas, mas aqui vai uma tentativa.

Eu sou um Sociopata... Só posso ser um Sociopata, meus complexos, minhas atitudes, pensamentos, minhas maluquices, toda essa merda que afasta as pessoas de mim, basicamente eu nunca me importei, sempre tive o que precisava, mesmo sabendo que não era o suficiente, que faltava algo. Meu ateísmo, minha sede por coisas boas, positivas, isso tudo é uma grande piada, por que sou incapaz de ser feliz, de fazer as pessoas felizes, porque se eu fosse bom nisso, não faria ninguém sofrer, tomaria sempre as melhores decisões e ficaria bem, conseguiria dormir, conseguiria comer, me exercitar, viver uma vida normal. Ma não faço nada disso, e me aceito como um fudido, sem muito lugar pra ir, nem muita coisa pra fazer. Falando sério, sem hipocrisia, interpreto coisas que não existem, sou paranóico, gostaria de tomar remédios pra isso, alguma coisa pesada, que me deixasse dormir em paz, ou gostaria de ser RICO.
Primeiro que uma pessoa rica, é capaz de ajudar financeiramente todos os seus amigos e familiares que precisam de ajuda, uma pessoa rica pode pagar os melhores hospitais para seus amigos se curarem de suas enfermidades, uma pessoa rica pode garantir que gente que precise de comida, água, roupas, agasalhos, educação e outras tantas coisas, consigam TODAS essas coisas. Não fazem isso porque não se importam. Porque na cabeça deles, eles trabalharam, se fuderam e aproveitaram todas as oportunidades pra crescer, cresceram e agora só pensam na porra do cú deles e daqueles que eles gostam. Mas há gente lá fora que não têm a mesma oportunidade. Gente que está bem mais fudida, e que tenta seguir no turbilhão de acontecimentos aleatórios da vida, tentando fazer do pouco que conseguem, o suficiente pra viver BEM.
Voltando pra mim, se eu ficasse rico faria a mesma coisa, ajudaria meus amigos, minha família, e a MIM primeiro, mas depois, ajudaria os que precisam, com o que eles realmente precisam, e não ia fazer isso em nome de DEUS, faria isso porque é o certo a se fazer. Não faria por reconhecimento, ou só pra dizer que fiz, investiria em bandas alternativas, investiria em equipes de teatro, arte e comédia, e viveria feliz, completo e realizado. Mas meu estado é o completamente OPOSTO, e o que me dizem quando me ouvem questionando sobre tudo isso? - “DEUS quis assim!” - e cadê a porra do meu livre arbítrio? Deveria contar pra alguma disgraça, né?! Aparentemente, não conta.
Já tentei DEUS, Positive Vibrations, Trabalho e Esforço, e nada é o suficiente pra mim, porque eu não nasci pra nada disso. Felicidade, coisas boas, sucesso, só vivenciei o lado ruim. Quando alguma coisa boa aparece, eu a distancio de mim, involuntariamente, faço um monte de merda, não me controlo, fico presumindo coisas, pré-julgando, fico triste, sentido, mal, penso em beber, fumar, me entupir de remédios, não dormir, penso em gritar, mas a voz sufoca na minha garganta fudida, e peço desculpas, digo que sinto muito, mas tudo isso soa tão clichê, que nem EU acredito no que digo. O ponto que eu queria chegar é que de nada vale eu tentar fazer as coisas certas, tentar dizer as coisas certas, tentar tomar as melhores decisões, Porque quando se trata de mim, as melhores decisões sempre são as que eu NÃO escolhi. E pior, tento ser espontâneo, não segurar nada de ruim no meu peito, tento não fechar meus olhos, tento fazer um bocado de coisa, mas nada parece o suficiente pra ser feliz, pra fazer quem eu gosto feliz, pra me sentir útil, pra me sentir bem, nada que eu faço completa ninguém, nada que eu digo inspira alguém, porque quando falo palavras boas elas soam como feias, quando falo palavras feias, sou o Mais VIL dos vilões, quando eu tento ajudar, só atrapalho, quando sou submetido a situações de pressão reajo mal, ou não reajo, e agora estou eu, me questionando o PQ de estar escrevendo isso? Eu não lembro, e o fato da lembrança se afastar, me deixa aliviado. Estou cansado e o pior, não consigo chorar, falar ou me expressar que não seja por palavras, palavras sujas, dessas que atulho vocês nesse espaço. Palavrões, Blasfêmias, Falta de pudor, não me adapto bem a nada, e me importo com tudo, EU ME ODEIO - isso não é mais tão novo pra MIM, acho que nem pra VOCÊS, logo, nem me afeto - ELA me odiar - Eu me sinto péssimo, fudido e ainda mais vazio.
  Estou enlouquecendo e não tenho nada pra me segurar, só meus próprios pés, metaforicamente falando, e agora? Posso sentir cada pedaço de sanidade se esvaindo, não consigo tirar essas vozes da minha cabeça, por mim, ficaria sentado no canto da parede do quarto da minha irmã a vida toda, lendo, ouvindo música, assistindo séries, escrevendo, deixando a barba crescer e me lamentando sozinho na escuridão induzida pelas cortinas, pois não tenho coragem pra beber, fumar e tomar meus remédios, não tenho coragem pra sair, enfrentar toda a hostilidade de frente, as pessoas normais estão em vantagem, pois já estão habituadas a sentir, viver, e conviver com suas decisões, as minhas ficam me atormentando, consumindo, fico com vergonha, transpiro excessivamente,  sou uma pessoa quebrada, danificada pelo tempo e incapaz de ter uma vida normal, de conseguir alguma realização, de ser o cruel e impiedoso que tanto tento mostrar que SOU. Só tenho minhas palavras e pensamentos estúpidos. Eu sinto muito por isso.
Pronto, esta aí o meu Desabafo!
  
Texto:KlebsonJordão/Kreubi- Twitter-Kreubi 
            Colaboração: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô

domingo, 23 de janeiro de 2011

Bilionário



Eu não sei quem escreveu, mas “Billionaire”, é uma música perfeita. Fala de sonhos, vontades e realidade, de todo - ou quase - todo o mundo. Vivemos em uma sociedade necessitada de status. Todos querem ser o melhor, mais rico, o mais badalado.
Todos queremos ser reconhecidos aonde chegamos, queremos ser admirados por todos, gostaríamos de comprar tudo que quiséssemos, gostaríamos de dirigir uma Mercedes, ou uma Ferrari; gostaríamos de ter casas na praia, de fazer o que se quer, na hora que quiser. É do ser humano, é do nosso instinto querer ser os melhores, pena que não dá pra todos serem os melhores, afinal, quem seriam os piores? Não dá pra ser desse jeito, uma pena. O lado bom é que sonhar é agradável, dá esperança de um dia podermos ser quem queremos ser. De fazer tudo que temos vontade de fazer...
I wanna be a billionare”, eu quero ser um bilionário. Quem não quer ser? Viajar pelo planeta, presenciar todos querendo ser você, visitar praias famosas, ficar nos melhores hotéis, nas melhores suítes, pagar fortunas de impostos e não estar nem aí... Deve ser uma sensação boa do caralho. Pra falar a verdade, tenho até inveja dos bilionários, mas aquela inveja boa de querer ser como eles, não esse fudido que eu sou, de fazer as coisas boas que eles fazem, de ficar com as mulheres que eles ficam, ter um jatinho particular, vários carros, várias casas, jantar nos melhores restaurantes, ir de iate pra minha ilha, essas coisas. Pena que pra ser assim tem poucas opções: nascer em berço de ouro; ganhar na loteria (acumulada); roubar bancos; trabalhar pra caralho. Todas fáceis de fazer. (ironicamente falando)
Ser bilionário deve ser, realmente, muito difícil: ficar em casa sem fazer nada, viajar pelo mundo, comer só mulheres gostosas, comprar carros e casas por semana, dar aos parentes a vida que eles pediram à Deus, essas coisas... Deve ser quase impossível de viver assim. Já tive essa experiência, em vários sonhos, durante incontáveis noites, mas eram apenas sonhos. Se você sonha com isso toda noite, tenho um conselho: ACORDE! A vida é mais fácil sendo pobre. Acorde cedo, vá estudar, trabalhar e se fuder, quem sabe quando tu morrer, alguém lembra de você. Embora não haja muita GARANTIA, HEIN?



Texto: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô
Colaboração: KlebsonJordão/Kreubi - Twitter-Kreubi
 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Só me resta Tentar...


Todos os dias acordo tentando definir se a vida está ou não, passando muito rápido. Me flagro questionando, refletindo, confabulando, e no fim do dia, vou dormir com a mesma incerteza, deito minha cabeça no travesseiro e afundo minha mente cansada no vazio da própria escuridão. Têm coisas novas acontecendo na minha vida, novas pessoas, situações, novas decisões, novas aventuras, complicações, novas histórias pra contar, novos sentimentos, isso mesmo, eu que me vangloriava de não sentir a maioria das coisas que os outros já estão habituados, tenho aprendido e experimentado, sensações esquecidas e perdidas no tempo. Tenho vivenciado coisas que só tinha visto nos livros, filmes, séries, músicas, coisas reais, que estão ocorrendo nesse momento, me sinto como uma criança descobrindo uma parte do mundo que já estava convicto que fosse fantasia. Tenho sido cauteloso, ou ao menos tentado, mas volta e meia me vejo pulando com os dois pés nisso, é intenso, frenético, é BOM se sentir vivo, é intrigante.
Ainda tenho MEDO, pra falar a verdade, metade do dia fico me perguntando o que estará a minha espreita, me esperando abaixar a guarda pra me derrubar, de novo. Deixo as coisas rolarem, espero acontecer pra poder “tentar” resolver, só assim que a gente sabe se é bom ou forte o suficiente pra vencer. Antes é tudo especulação, e aprendi a viver de coisas concretas, por isso evitava sentimentos e proximidades. Agora fico me questionando se estou errado em alguns pontos, admito, devo estar errado na maioria deles, mas eu gosto de como a vida está, nesse estado de estupidez induzida (onde eu não acredito em nada que eu não possa fazer, nem vivenciar) tenho uma chance de revidar quando tentarem me sacanear, não gosto de ficar levando porrada e de agradecer os golpes. Sorrindo e me conformando. Eu sempre quis fazer alguma coisa, reagir, deixar bem claro que não gosto como as coisas estão indo. E só se consegue isso com um pingo de extremismo, se não for nas atitudes, que seja nos pensamentos.
Abri a janela do quarto que divido com minha irmã e deixei a claridade inundar o cômodo, nunca fiz isso antes, pois gostava da minha “caverna” imersa na noite que não alternava, meu templo, onde me afundo em devaneios e divagações, ouço minhas músicas e assisto minhas séries. O meu lugar vazio, sem responsabilidades, onde esqueço ou lembro vagamente da hostilidade que há lá fora. HOJE, eu quero sentir o quanto tal hostilidade pode me afetar, quero testar meus limites, quero VER, ouvir, participar, deixar de se expectador, coadjuvante, ou mocinho da porra de uma história pra tentar apenas VIVER. Seguir o caminho árduo e construir algo de bom pra mim. Progresso, produtividade, usando as ferramentas que estiverem a minha disposição. Pode ser que eu caia de novo, mas eu vou me levantar, como sempre faço, com ou sem ajuda, pode demorar pra consertar tudo que há de errado em mim, mas por enquanto ainda há tempo, eu só tenho que saber usar ao meu favor.
Só me resta tentar...
  
Texto:KlebsonJordão/Kreubi- Twitter-Kreubi 
Colaboração: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Sorte, sono etc. e tal


É incrível como o mundo está de mal comigo. Marquei de ir à praia com um amigo no sábado passado. Acordei em meio a uma chuva do estopô. Eu queria ir à praia nesta quarta passada. Antes de eu conseguir dormir, lá pelas 3 e tanta da madrugada, começou uma chuva forte da desgraça. Achei que era uma daquelas pancadas de chuva de verão. Não era. CHOVEU A QUARTA TODA. Ou seja, é verão, moro em Salvador, estou de férias e desempregado, mas não consigo nem ir à praia. Vá se fuder. Estou sem dinheiro para ir aos ensaios de verão. Descobri que assinantes (do Correio) que renovaram suas assinaturas não têm direito ao caralho do passaporte do Festival de Verão. Tá foda aí.
Eu vou à praia sim, vou voltar a malhar sim, vou pro Festival sim, e se der vontade, vou a um desses ensaios, sim. NEM DEUS vai me impedir disso, entendeu? Porra, em me prometi que em 2011 ia fazer tudo que eu quisesse, mas esqueci de combinar com Deus, São Pedro e os outros mandatários lá do céu, SÓ PODE SER ISSO. Sábado, 15/11, marcamos (os sacaninhas) de ir ao shopping nos encontrar, mas Huã já tinha confirmado que ia a um noivado, é aniversário de Alberto e parece-me que estaremos desfalcadosDE NOVO, isso se não desmarcarmos. Estou agora, às 2 da manhã, escrevendo essa merda e ouvindo Djavan, tentando relaxar, por que não tá dando nada certo, chega a ser engraçado, pra você, é claro. Pra mim não tem graça nenhuma.
Mentira! Tem hora que me pego rindo da minha cara, sério. Acho graça de como as coisas tem acontecido, como tem dado tudo errado, seria injusto, com você, por exemplo, dar tudo certo pra mim, mas é injusto pra mim, dar tudo errado também. Pra Deus não há mais meio termo, é tudo ou nada, como tenho ignorado sua existência, pra mim tem sido nada. Mas nem tô ligando muito pra essa merda toda. Ainda tô vivo, não tô? Acabo de me tocar (pra ver se me sentia, sério), tô vivo sim! Então tudo depende de mim, de como eu vou proceder, Deus, Correio, falta de dinheiro e chuva não têm culpa pelo meu fracasso, EU SOU O CULPADO, em parte, também não quero levar a culpa toda, né?
Eu pretendo ir à praia amanhã, se eu acordar umas 11 horas, por que tenho acordado 1 da tarde, tá lindo! Nunca mais tinha dormido tanto. Já acordo todo xibatiado. MORRA DE INVEJA, você que trabalha. Eu não trabalho mais, pelo menos por enquanto. Espero que eu consiga fazer algo de bom esse ano, cansei de tentar agradar a todos, e acabar não agradando a ninguém, especialmente a mim mesmo. AGORA VAI SER PRIMEIRO EU! O resto vem depois, mermão, EGOÍSMO É ISSO.

P.S: Eu fui mesmo à praia na sexta, 14/01/2011 e o encontro com os Sacaninhas foi muito de fuder, apesar de ter apenas Eu, Kreubi, Dedé, Bizinho e Batata.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Só eu e VOCÊ, de novo, página em branco!

 
 VOCÊ não dorme, não pensa, não , não estuda, não assiste, não reza, apenas fica ali, parado, esperando que algo te impeça de cair no mar das suas próprias confusões, nada te impede, e você sente seu estômago doer, não é fome, nem indigestão, é MEDO. Você se questiona se há temor em perder o que não se têm, e percebe que o “não ter” é o menor dos seus problemas, pois assistir a “EXPECTATIVA de ter” ser atirada na imensidão do universo, essa sim, é a maior das dores.
         O resultado é a FRUSTRAÇÃO, você já passou por isso antes, a dor não parece mais tão intensa, sente-se desconfortável pela repetição de fatos, xinga, fica com raiva, fala bobagem, mas sabe que não adianta, ELA está lá por escolha própria, pessoas com mania de bondade, tendem a perecer nas mãos de gente perversa, você sabe disso, e lembra de suas reflexões de outrora, onde no fundo sempre soube, quando achar que está feliz, vai se deparar novamente com a dor e o sofrimento, a dúvida está em definir o quão isso vai te afetar. VOCÊ acaba de DESCOBRIR.
         O bom em ser velho é que nada de ruim te surpreende, principalmente se você não acreditar em DEUS, pois se tu não crê em algo divino e superior, que te ama e te protege, é porque sabe que nada disso adianta, a VIDA é injusta, ela sempre pegou pesado com você. E no fim, tu retorna aos velhos planos, onde se auto-destrói, antecipa algumas decisões e termina de fudêr o que sobrou. Queima o que não importa mais, e insiste em dizer que não é por causa delas, na real, o problema nunca esteve nelas, e sim em você, quando admitir isso, perceberá que está sozinho, provavelmente, num ponto de ônibus, triste.
         Você sabia que ia ser assim, você disse que não se importava, você se dispôs a sentir novamente, eu, seu subconsciente, te avisei, você não quis me ouvir, nunca me ouviu. SEU estúpido. Fazer o que deve ser feito, ignorar os efeitos colaterais, não se apegar, reagir, ser. Você se sente entorpecido agora, o álcool e seu estado de saúde estão te fazendo perder o rumo (de novo), você não pode tomar remédios nesse estado, está na hora de desligar, eu sei da sua dor, da sua dúvida, eu sou VOCÊ. Por enquanto é só o que te resta, tu tá cansado e questionando se essa sensação vai parar logo. Sua cabeça começa a girar, sua visão fica turva e enfim, desaba nesse tecl...
        
         No dia seguinte acorda inconsolável, se perguntando se todas as coisas legais que aconteceram nesses últimos meses foram frutos de sua imaginação, decide seguir em frente, continuar sua caminhada passo a passo rumo ao FOGO, mas ao se deparar com a “fonte” de sua felicidade, se perde na dúvida novamente, a relação de carinho e afeto persiste (apesar das pequenas desavenças), o sentimento é recíproco, mas nada foi consumado, nada oficializado, nada em que se segurar a não ser em palavras bonitas ou situações engraçadas, Você já está habituado a não ter onde se apoiar, mas teme o pior, a realidade atropelando seu sonho, sem piedade, de novo.

         Você espera pacientemente, deixa as coisas rolarem, mas nada acontece, você tenta tomar uma atitude, mas sempre estraga tudo, sempre fala coisas inoportunas, você tenta se explicar, mas de nada vale, as coisas avançam e continuam mais divertidas, mais positivas, mais concretas, ainda sem formalidades, logo, sem uma prova de que não é um devaneio, ou um equivoco. Esse pensamento ecoa na sua cabeça, você bebe muito mais café, e anseia por algo alcoólico, não encontra nenhum dos dois disponíveis, desiste de continuar pensando, e vai dormir. Descansar a mente, estabilizar seu organismo, e principalmente, esquecer todas as preocupações. Espero que consiga!

Texto:KlebsonJordão/Kreubi- Twitter-Kreubi
Colaboração: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô

 



domingo, 9 de janeiro de 2011

SENSAÇÕES


É por isso que vivemos. Apenas por isso. Esse texto poderia acabar aí no ponto anterior. Vivemos procurando sentir sensações, sentir que estamos vivos, sentir que realmente existe algo dentro de nós que nos leva a crer que não estamos sozinhos.
Ao nascer, provavelmente sentimos uma forte emoção, não nos lembramos, mas podemos perceber ao ver uma criança nascer. Eu, particularmente, penso que ao sentir tais sensações nos sentimos felizes, tristes, eufóricos, depressivos etc. Ao passar no vestibular, ao ficar com aquela garota, ao ver algo ruim, ao perceber que alguém gosta de você, é que faz você ficar no estado atual. Acredito que cada um sente cada acontecimento diferente, cada um reage de uma forma; eu sei o que eu senti quando soube que tinha ganhado uma bolsa de estudos, eu sei o que eu sinto quando alguém me machuca com palavras, só eu sei o que eu sinto quando reencontro um grande amigo, uma menina que marcou a minha vida. Muitas pessoas já ganharam bolsa de estudos, mas cada um sente de um jeito, expressa a sua maneira. Eu gritei, pulei, xinguei, corri pra cama de meus pais, pulei lá, corri a casa toda gritando “EU SOU FODA”, essas coisas... Muita gente deve ter feito coisas parecidas com o que eu fiz, mas aquela sensação é ímpar, é indescritível.
Quando vemos aquela pessoa que chamamos de amor, quando sentimos que a consideração de alguém para com você é íntegra, quando você ganha um campeonato, quando você perde alguém que você ama, quando você pega alguém que você queria muito, etc. essas sensações são fodas e indescritíveis. Eu já senti de tudo: amor, dor, euforia, cansaço, raiva, ódio, etc. e cada uma dessas sensações me marcaram pra caralho. Quem me conhece sabe que eu falo cuma porra, que eu xingo pra caralho, que você vai me machucar mais com palavras do que com atos, que eu choro por tudo, que eu sou exagerado sem precedentes, que existe um EU no mundo. A pior sensação que eu tive, não cabe falar aqui, mas foi ruim demais sentir aquilo. As melhores sensações que eu já tive foram momentos únicos, e que, talvez aconteça de novo, mas já não será com a mesma intensidade. Eu já chorei pra caralho, já sorri pra caralho, já xinguei pra caralho, já fiz merda pra caralho, já acertei pra caralho, já fiz muita coisa e senti de tudo, mas a vida é muito de fuder, e por só vivermos uma vez, é que eu procuro sentir de tudo, mesmo quando é uma sensação ruim. É pela sensação de beber que eu bebo, é pela sensação que eu fumo, é pela sensação que eu xingo, que eu grito, que eu faço tudo. Viver sem sensações seria pior que morrer. Prefiro estar morto a não sentir nada. Prefiro morrer a ficar tanto tempo sem ver meus amigos; sem sentir o carinho das pessoas que me gostam; que ficar sem ouvir reclamações, etc.
Viver é uma sensação que só se sente se você procurar senti-la; se você fazer coisas que te agradam; se você aprender a viver do jeito que você gosta; se você REALMENTE VIVER. Não faça da sua vida um mar monótono, faça da sua vida um tsunami de sensações. Sinta, curta, viva.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

DESABAFO

Não tenho ido bem nas minhas decisões: não tenho sido um bom filho, um bom estudante, um bom trabalhador, um bom admirador, um bom amante, um bom paquerador, talvez, até um bom amigo, nem um bom blogueiro, enfim, não tenho sido uma boa pessoa.
Tenho estado desligado, irresponsável, tenho falado mais merda que de costume, tenho bebido demais, fumado demais; gastei mais dinheiro do que eu devia/podia, tenho estado afastado das pessoas que eu amo, e o pior de tudo é que eu tenho estado conformado com tudo isso. Eu sei que a vida é feita de erros e de acertos, sei que tenho errado mais que acertado, mas o pior é que eu fiquei acomodado com isso, nem tento mudar; não tenho agradado ninguém, não tenho feito nada de útil, não tenho estudado o suficiente, não tenho feito nada de nada: PORRA NENHUMA.
@Kreubi e eu, quando fizemos esse blog, pensávamos em falar sobre acontecimentos corriqueiros e tratá-los com sarcasmo, ironia, humor, inteligência, – e por que não?desprezo. Mas como ele bem colocou em um dos seus últimos textos, isso aqui tem sido como uma válvula de escape pra nossas decepções, nossas raivas e sensações ruins. Tenho estado instável psicologicamente, depressivo, raivoso, rancoroso, e, infelizmente (não era a intenção), acabo passando isso pra vocês. As coisas não correram bem nesse ano (2010), não que eu tivesse feito uma previsão, mas sempre esperamos o melhor, mesmo quando ele não é fácil de alcançar, não é verdade? DEU TUDO ERRADO. Acho que por eu não ter sido uma boa pessoa, Deus me castigou... PORRA NENHUMA. Eu fudi o ano inteiro por que eu fui mal em minhas decisões; elas me fizeram estar onde estou, sentir-me como me sinto hoje: MAL. Dá pra contar, provavelmente, nos dedos de uma mão quantas vezes marquei um encontro com meus amigos e deu certo; dá pra contar nos dedos quantas vezes fiz algo certo, produtivo durante o ano. Dá pra contar nos as boas sensações que do ano. ANO FILHO DA PUTA, porém mais um ano de aprendizado para o próximo, tentar melhorar onde fui mal (tudo), tentar fazer 2011 gostoso de viver, sem obrigações, sem ter medo de errar; pensei em sair um semestre da faculdade, mas como preciso dela, desisti.
Em 2011, o céu é o limite. Espero que eu respeite esse limite, faça do meu limite a lua, – e por que não?o Sol. O limite existe pra quem ver. Provavelmente, em 2011, eu vou continuar errando bastante, e até pretendo – até por que errar é muito bom –, mas espero que os acertos sejam certeiros.
Que 2011 venha com tudo, assim a colisão será ainda mais intensa.

Texto: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô
Colaboração: KlebsonJordão/Kreubi - Twitter-Kreubi

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Postagem de FIM de AnO - (atrasado)


No último dia de 2010 eu percebi que não dava mais tempo. Certas coisas ainda permaneciam inacabadas, embora esse tenha sido um fim de ano sem muitos questionamentos e indecisões, ainda há muita coisa pra trabalhar, construir, pensar e viver. O 31 de dezembro, geralmente é o meu dia de reflexão, o dia em que faço o balanço do positivo e negativo na minha vida, no ano passado (sexta-feira) me dei conta que já tinha uma opinião formada sobre o ano que estava se passando, ou seja, nada a pensar a não ser o que fazer daqui pra frente. Passei alguns minutos num ponto vazio e mais alguns minutos em alternâncias de ônibus pensando sobre como gerenciar certas coisas e como me sentir mais VIVO. Só o que conseguia pensar era em arriscar, fazer coisas que eu não costumo fazer, pensar em coisas com as perspectivas realmente malévolas, extirpar de uma vez por todas meu senso de moralismo, parar de ser o bonzinho dessa porra dessa história, bonzinhos só se FODEM, eu posso até achar que sou o protagonista da minha história, mas o que torna a vida uma grande ironia é o fato do atual herói não fazer nada certo, hesitar em falar pequenas coisas por temer pequenas conseqüências, mas EU sempre assumo a porra das GRANDES conseqüências, e como é que eu fico depois? Onde está minha recompensa? Cadê a porra dos meus minutos de felicidade? Portanto, sem mais hipocrisia, eu quero uma vida sem complicações trabalhei nisso esses últimos anos sem muito sucesso, mas as coisas têm se acertado, vou aproveitar, vou criar minha felicidade e se ela não for verdadeira do tipo politicamente correta, vou forjar uma, exatamente como todos fazem, vou beber, fumar, e continuar bebendo, escrevendo, vou sair com meus amigos, vou xingar nas horas certas, vou gritar quando quiser gritar, vou cantar quando eu quiser cantar, demorei muito pra perceber que tenho minhas prioridades definidas, agora é só aproveitar o que aparecer à mais.
Cara garota, me importo com seus sentimentos e entendo o quanto você se importa com seu sociopata, normal, pessoas têm sentimentos idiotas por outras pessoas, e entendo quando você diz que eu nunca estive muito tempo com alguém para saber o que é estabelecer uma ligação de afeto positiva, concordo contigo. Já passei por todas as coisas negativas e estou familiarizado com não me apegar, nem me importar. 2011 será diferente, vou tentar expor o que sinto sem medir conseqüências, vou ignorar fortemente o que os outros acham, e infelizmente não vou poder me segurar, se coisas boas ou ruins entrarem na minha vida de forma que eu entenda que vai agregar algum aprendizado, ou satisfazer meus anseios por intensidade, não pretendo hesitar. A não ser que tenha a ver com DEUS, esse sim, eu evito contato. Quanto ao resto, eu quero fazer muitas coisas, ver muitas outras, se der merda, a culpa vai ser minha (como sempre) ser der certo, meus méritos. Aprendi da maneira mais difícil a lidar com meus demônios psicológicos, agora sinto como se precisasse de muita porrada pra realmente me machucar com a vida, se for pra ser, será. Cada um encontra sua própria maneira de se ajudar. Infelizmente nada posso fazer por você ainda, a não ser estar ao seu lado. O que pra você não parece ser suficiente. E se minha intenção era começar o ANO fazendo merda, CONSEGUI... Me meti em encrenca no já no 2° dia, fiz todas as escolhas erradas e prejudiquei algumas pessoas, me lembrando do motivo de optar por me esforçar para permanecer o máximo de tempo sozinho. Como já diria o sábio: - “Se você não for capaz de agregar nada de positivo ao meio que tu se encontra, tenha consciência que suas merdas afetarão  quem você gosta, direta ou indiretamente.” – Solução: Se matar ou suportar até não poder mais. – Os fracos escolhem a primeira opção.

Texto: KlebsonJordão/Kreubi - Twitter-Kreubi
Colaboração: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô