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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Esse Adolfo que você vê

Há quase 21 anos eu nasci, era 28 de Junho e era noite. A lua estava cheia e eu nasci com a bunda virada pra ela, pelo menos é o que os meus amigos mais chegados me falam. Tive uma criação nos moldes cristãos (cheguei a ir pra igreja obrigado algumas vezes), onde eu tinha que ser uma pessoa boa, íntegra, de boa índole, e de caráter, apesar de tudo querer dizer a mesma porra... Aprendi que xingar era errado, que o diabo era o pai da mentira, e que se eu pegasse o que era dos outros, estava desagradando a Deus.

Tive uma infância muito agradável, brinquei descalço na rua, joguei bola no asfalto, lutava contra inimigos invisíveis para os outros e descia a ladeira sentado num skate, numa garrafa pet amassada ou num pé de patins, brinquei de pega-pega, esconde-esconde, chicotinho queimado, corrida de tampinhas, garrafão, sete pedrinhas, baleou... Enfim, todas as brincadeiras que um garoto da periferia teve direito, exceto empinar pipa (arraia), nunca gostei. Lembrar disso me dá uma serena felicidade.



Minha adolescência foi normal, como qualquer outra de qualquer pessoa da minha época: tinha a pressão pra perder o cabaço, a pressão pra ser popular, praticar esportes, ser extrovertido, pegar as meninas etc., sem falar nos limites, que ainda refletiam desde a infância. Eu tive tudo isso. Perdi o cabaço, fui popular, pratiquei diversos esportes, fui extrovertido, peguei as meninas, mas passei alguns limites: Bebi demais em algumas ocasiões, comecei a fumar (mas já parei, ok?), mandei professores tomar no cu, apertei os dedos na porta do colégio e quase perdi uns pedaços deles... É engraçado lembrar isso agora. Tudo que eu vivi me tornou esse Adolfo que você vê: escroto, desbocado, gaiato, bonito, modesto e sincero (hahahaha).



Não vou relutar dizendo que não tenho sorte, tenho sim, e tenho muita. Não vou mentir, dizendo que algumas coisas que aprendi na minha infância, levarei pra toda vida, até por que, muitas eu já abandonei. Não vou dizer que minha adolescência poderia ou deveria ser diferente, por que tudo que eu vivi me fez assim, e eu não quero mudar, quero ser esse Adolfo brincalhão aí do vídeo:




Texto: Adolfo Freitas @AdolfoFreitas
Colaboração: Klebson Jordão @Kreubi


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Importâncias


Por que a vida tem que ser tão complicada? Será que somos nós que a complicamos ou ELA que se enrola numa corda com a intenção de nos enforcar? Reflexão poética e filosófica do dia:

A vida não é bela, A vida não é fácil, tentamos olhar pela janela em busca de algo que nos dê esperança e esse algo parece nunca chegar. Nos decepcionamos, nos machucamos, sofremos, mas continuamos andando, continuamos tentando se levantar, mesmo quando tudo conspira com a intenção de nos derrubar.

Qual o REAL sentido disso? Provar que somos os melhores, provar que somos fortes, provar que não tememos nada, nem ninguém, mostrar que somos capazes, experimentar nossos limites, conhecer nossos pontos fortes, vivenciar momentos bons e ruins acreditando que podemos aprender algo. Mas isso basta? Provar pro mundo e pra nós mesmos? A vida é tão difícil e embaçada que poderíamos tentar apenas ser felizes. Falam por aí na TV em melhorar a qualidade de vida do ser humano, mas continuam estimulando o consumismo, a necessidade de se qualificar pra arranjar um bom emprego, de estudar coisas que sabemos que nunca vamos precisar usar, não nos oferecem um direcionamento nem um “leque de opções” (somente ricos podem ter a opção de escolher algo pra si), nos oferecem uma oportunidade da qual nosso maior questionamento, será se aceitamos a forma como a vida nos proporciona certas coisas, ou nos recusamos e esperamos por algo que seja realmente a nossa cara. Há o grande risco de aceitarmos e sermos infelizes pro resto da vida, e há o grande risco de esperarmos e sermos INFELIZES de qualquer jeito pelo resto da VIDA.
EU quero ser feliz, eu quero me sentir bem com minhas escolhas, atitudes, momentos, quero me sentir bem com as pessoas ao meu lado, quero me sentir realizado, completo, quero viver, e se isso implica em me arriscar muito, AMAR mais ainda, rir, chorar, me esforçar e alcançar coisas melhores, EU ACEITO, mas não vou me desgastar. Não vou deixar a vida me consumir, não vou deixar que a possibilidade de nunca conseguir o que quero, como quero, na hora que quero, ou na hora que preciso, me fazer perder o ato de respirar, de pensar, de sentir, de VIVER, o que é tão complexo, assustador, intrigante, deveria ser bem mais significativo.
         Dia 19 de Abril eu completei 21 anos. Não gosto da idéia de comemorar meu aniversário. Dia 1° de Janeiro e 19 de Abril, são os dias que dedico a minha retrospectiva pessoal, onde me pergunto onde estou? Se é aqui onde eu queria estar? Pra onde eu quero ir? E como vou conseguir alcançar meus objetivos sem precisar matar, roubar, me prostituir, aliciar menores, extorquir, vender um rim, ou algo do gênero? Tenho que admitir, esse ANO as coisas foram bem diferentes, percebi que um pouco mais da metade das coisas que planejei, almejei e tentei, eu consegui. Arranjar um emprego, satisfazer algumas das minhas necessidades consumistas, pagar as provas do vestibular, não passei em nada ainda, mas ao menos posso pagar um pré- vestibular e me preparar melhor, criar um embasamento, pra tentar de novo. Consegui ter MTV em casa, consegui assistir o FUTEBOL com uma boa imagem, consegui me lembrar como é AMAR alguém de novo, descobri como é a sensação de se sentir amado, consegui encontrar alguém que me lembrasse que ainda posso ser feliz. Acrescentando que consegui sair do CEFET/IFBA (minha Idade Média), me sinto como se pudesse fazer muito mais, me sinto livre pra seguir minha vida e construir meu caminho, do jeito que eu posso, com algo que eu quero. Sem falar que nesse aniversário tudo ocorreu perfeitamente bem, recebi inúmeras felicitações, consegui responder e agradecer a todas, não preciso de “festa de niver”, nem de altas comemorações, um diálogo positivo com pessoas que AMO e tenho prazer em estar ao lado é o suficiente pra fazer meu dia valer à pena. E isso eu tive, então me sinto lisonjeado desde já e mais uma vez aproveito o espaço pra agradecer por todas as felicitações, OBRIGADO e que toda a positividade a mim desejada, retorne pra vocês também e seja compartilhada com todas as outras pessoas do seu respectivo círculo social. NÓS merecemos, meus caros e nobres leitores.


Dois vídeos...
Duas bandas distintas...
Duas músicas que gosto...
E que eu gostaria de compartilhar com VOCÊS!






Texto:KlebsonJordão/Kreubi- Twitter-Kreubi
Colaboração: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Aprendizado

Estava na casa de um amigo e vi um pedacinho do filme “A verdade nua e crua”, fiquei tão excitado e identificado com o personagem de Gerard Butler que fiquei procurando na internet links que me dessem a oportunidade de assistir ao filme inteiro.
Baixei o filme e comecei a assistir neste domingo. A cada minuto do filme eu me identificava ainda mais com o cara, um cara que falava palavrões, tratava sexo como a base de tudo, e falava muitas verdade que poucas pessoas têm coragem pra admitir. Tava lógico o que ia acontecer no final, mas eu estava torcendo pra ele continuar firme e forte, principalmente depois que o filme evidencia que ele se tornara aquela pessoa insensível por desilusões amorosas. Eu torci pra ele não ficar com garota no final, torci pra dar tudo errado. E deu, por um momento, e naquele momento, eu me lamentei e torci pra que desse tudo certo. Eu chorei no final do filme, sorri também. É um filme perfeito.
Fiz uma auto-análise e vi o quanto superficial tenho sido, ao agir de forma com que provoque uma reação favorável a mim. Há muito tempo eu não sou eu, de fato. Não que eu, de repente, tenha voltado a acreditar que um dia, alguma mulher consiga me por nos trilhos de novo, o que eu quero dizer é que, mesmo depois de tantas desilusões, tantos foras, chutes e todas as formas de sofrimento ligados ao amor, sempre vamos torcer pra ficarmos com a mocinha no final. Não importa o que aconteça, sempre vamos acreditar, que ainda que esteja nos acréscimos da vida, vamos encontrar a parceira ideal, a criatura que atravessou nosso caminho para nos fazer sentir vivos de novo, que nos faça ter vontade de viver, que nos faça chorar, sorrir, sentir prazer só de estar ao lado, e, não necessariamente em cima.
Costumo dizer que aprendemos com tudo que vemos, ouvimos e vivemos. Já aprendi muito ouvindo músicas, já aprendi muito vivenciando momentos, e em filmes como esse, aprendemos que sempre existem motivos para acreditar. Bons dias estão pra chegar. (YN)




Texto: Adolfo Freitas @AdolfoFreitas
Colaboração: Klebson Jordão @Kreubi