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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Essa não é mais uma história de amor


Sabe quando você encontra uma mulher e pensa: “Nossa, é ela!” Pois é. Foi exatamente isso o que eu pensei quando a vi pela primeira vez. Ela era linda: pele morena clara, lisa e macia; longos cabelos castanhos e lisos, olhos pequenos e castanhos claros, corpo curvilíneo e altura mediana. Fiquei realmente encantado por tamanha beleza, ela apenas sorriu pra mim. Ela trabalhava numa empresa que prestava serviços para a empresa que eu trabalhava. Estava lá para participar de uma reunião, que eu também estaria. Em momento algum dessa reunião eu sabia ou fazia ideia do que estava sendo falado. Só fixava o meu olhar nela e prestava atenção no seu jeito doce e meigo. E aquele sorriso que me deixava excitado inquieto... Nossa, eu nunca havia sentido aquilo. A reunião acabou e estavam todos entendidos – menos eu – na hora da despedida eu a acompanhei até o elevador, a fim de conversa a sós.
– Você é a...
– Adriana! – respondeu sorrindo e emendou – E você é o...
– Leonardo... Durante a reunião eu estava mais preocupado em como eu ia te convidar pra tomar um drink mais tarde do que qualquer outra coisa. – disse eu meio embaraçado com as palavras.
– E você chegou a alguma conclusão? – perguntou ela, de pirraça...
– Achei que você não aceitaria e desisti.
– Mas você não vai nem tentar? – senti como explodisse de emoção. Era um fim de tarde de sexta e eu não tinha nada marcado com meus amigos naquele dia, era perfeito!
– Não sei, quem sabe um chopp?
– Aceito sim, a que horas?
– Às nove, está bom?
– Sim. – então trocamos telefones e eu mal esperava por aquilo.
Combinamos de ir a um bar bem conhecido da orla. Cheguei um pouco mais cedo pra ficar mais calmo. Pedi um whisky e fiquei a sua espera.
Ao chegar, chamou a atenção de todos do bar para si. Ela estava deslumbrante. Tomamos alguns chopps, umas doses de whisky e algumas de bebidas que não faço ideia de que eram, mas eu nem ligava... Eu estava extasiado com a sua presença. Só pensava em beijá-la. Ficamos tão entretidos que já eram umas 03:00hs e ainda estávamos lá. Ela olha para o relógio e fala:
– Nossa! Já é tarde!
– Quer uma carona?
– Só se for pra sua casa... – fazendo uma carinha de safada...
Confesso que na hora fiquei meio surpreso e encabulado, mas também, muito excitado. Levei-a para minha casa. O dia amanheceu e não saímos da cama – não estávamos dormindo. Era sábado, não trabalhávamos, se dependesse de mim, ficaria ali o dia todo...
Mas ela se foi, falou que precisava ir à casa de uma tia, que estava doente.
Quando estava realmente acreditando que eu encontrei aquela mulher, aquela que eu tanto procurava, um amigo do trabalho me falou que ela era casada com um cara do outro setor da empresa que ela trabalhava, a desgraçada já tinha dono. Me senti tão vazio que pensei até em suicídio...
Mas após uma noite com outra linda mulher que eu conheci no bar, onde eu tinha ido beber com a rapaziada, percebi que ela havia sido apenas mais uma daquelas mulheres gostosas que a gente encontra, conhece e come, ela não me merecia, ela era uma vadia mulher casada.
Mas uma coisa eu tenho que realmente admitir: Foi o melhor sexo da minha vida!



Texto: AdolfoFreitas/Dodô - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/AdolfoFreitas
Colaboração: KlebsonJordão/Kreubi - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/Kreubi

Relações interdependentes e suas dificuldades arbitrárias

Provavelmente todos nós passamos por momentos nas nossas vidas onde acreditamos que nossa salvação, paz e conforto dependem exatamente de estarmos com determinada pessoa ou não. Essa relação de dependência ocorre por que, às vezes, a incerteza e insegurança do meio em que vivemos interferem no nosso julgamento o suficiente para atrapalhar nossas decisões.
Não é muito raro encontrarmos pessoas sem amor próprio, que passam seus dias esperando que a pessoa perfeita para suas necessidades caísse do céu e resolvesse todos os seus problemas. Não é raro darmos de cara com gente esperando o par, o príncipe, a princesa e suas outras tantas definições, é raro encontrarmos alguém que, enfim, encontrou algo do gênero. Basicamente, os que afirmam estar vivenciando esse tipo de sentimento numa relação, esqueceram de acrescentar algumas variáveis, como por exemplo, o fato deles não possuírem uma bola de cristal ou uma máquina do tempo, logo, não pode garantir o quanto irá durar, não conseguem prever o futuro, só permanecem idealizando seus sonhos e expectativas em outros, esperando que um dia se realize.
Tendo em vista que tudo o que acreditamos saber sobre o amor aprendemos com a mídia (assistimos na TV ou lemos em algum livro), o resto é consequência das nossas relações com as outras pessoas. Podemos até presenciar os nossos pais e questionar como eles alcançaram essa proeza que é se apaixonar, mas o verídico é que não há garantias, podemos passar a vida toda esperando e nunca acontecer, podemos falar, cantar, gritar, mas o que irá sobressair é a ânsia de satisfazer nossos instintos e vontades, então um dia, quando menos esperarmos vamos estar casados com uma vadia mulher qualquer, que na hora do desespero nos pareceu conveniente ficar.
Enfim, tá aí o seu amor, uma grande conveniência...

Texto: KlebsonJordão/Kreubi - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/Kreubi
Colaboração: AdolfoFreitas/Dodô - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/AdolfoFreitas

domingo, 11 de abril de 2010

Falsas Expectativas




Como vocês devem ter percebido, demoramos muito entre um post e outro. Então decidimos fazer um post-duplo. Dessa vez trabalhamos a visão puramente romântica no primeiro (Quem sabe), e uma visão romântica-contraditória no segundo (Falsas Expectativas). Esperamos que gostem/comentem/critiquem/opinem e façam um bom proveito.
Até próximo domingo! ;)
Os Desajustados



Difícil descrever o quão feliz estou. Acredito que finalmente encontrei a mulher da minha vida, não faço idéia de como isso aconteceu, quando vi, já estava completamente à vontade ao lado dela, sei lá, nossas conversas são legais, ela consegue falar sobre a vida dela, não da forma que a maioria das mulheres fazem, sabe, como se fossem protagonistas da porra de uma novela imbecil, ela vê as coisas de forma real, sem distorções, ela entende meu anseio por utopia, sem destruir minhas expectativas, ela realmente ouve minhas indecisões e não age como se já soubesse as respostas ou que tudo que eu acho complicado é na verdade muito fácil, ela me encoraja a ver minhas opções com clareza, escolher o melhor pra mim e pra todos aqueles que amo. Ela é do tipo de garota que sabe o que quer, ela ouve músicas legais, lê livros legais, sabe um pouco de tudo, gosta de sair, mas não se importa de ficar em casa, ama cinema, flores, nutre uma consciência ambiental extremamente interessante, sem falar que ela é linda, cabelos curtos e negros, olhos castanhos escuros, usa óculos e possui estatura mediana, possui tudo exatamente em seu devido lugar, sem excessos.
        Ela sabe ser encantadora, atenciosa, interessante, ela não se importa se precisar andar, pegar ônibus ou correr contanto que esteja em boa companhia, ela diz o que precisa ser dito, ouve o que deve ser ouvido, compartilha suas vontades sem se importar com os julgamentos alheios, ela é simplesmente, apaixonante. Mas pra ela, sou apenas um amigo, o cara em que ela pode contar quando o idiota do namorado “Forte, Branquelo e com Dinheiro” que ela tem, decide ir pra uma festa qualquer atrás de algumas vadias consumistas pra despejar seus fluídos corporais. Sou o cara que vai ouvir ela se lamentar e assistir ele voltar dizendo algumas frases feitas, transparecendo o arrependido romântico hipócrita, eu sou o cara que vai passar o resto da noite sozinho, bebendo algo alcoólico impressionado com o quanto as mulheres podem ser tolas.
        Ou talvez, eu seja o tolo nessa história, mulheres tendem a separar a amizade do relacionamento, é por isso que no futuro elas engordam, ficam caídas e acabadas, são traídas e abandonadas, elas não sabem discernir entre um cara que se importa com elas e outro que só as deseja pra fins sexuais, depois tem a cara de pau de dizer que somos todos iguais (a rima é grátis). De acordo com Darwin e sua teoria da seleção natural e evolução das espécies, os seres humanos com o passar dos anos se adaptam a situações impostas pela vida, logo pra não ficarmos pra trás, nem sermos esmagados pela massa competitiva, esquecemos os trejeitos citados no 1° parágrafo desse texto e procuramos alguém conveniente para satisfazer nossas necessidades, ou seja, SEXO.



Texto: KlebsonJordão/Kreubi - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/Kreubi
Colaboração: AdolfoFreitas/Dodô - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/AdolfoFreitas

Quem sabe...

Acordei triste por que há muito tempo não te vejo, vaguei pela casa até entender que você não estava aqui. Liguei a TV, mas não passava nada que me despertasse o interesse. Fiz a primeira refeição do dia me perguntando: “Será que não te amei o suficiente?”...
Não a culpo por não me amar, afinal não somos nós quem escolhemos as pessoas que amamos, apenas amamos...
Tive que ir à faculdade, não prestei atenção em aula alguma, fiquei apenas me questionando por que eu estava ali. Voltei pra casa na certeza de não ter motivos pra viver.
Almocei algo que não me lembro, aliás, eu nem lembro se eu almocei... Tinha que ir trabalhar: deveres a cumprir, mas eu só pensava em te ligar, pra falar o quanto eu ainda te amo, entretanto tinha certeza que não ia adiantar em nada.
Entrei naquele ônibus lotado e peguei um grande congestionamento, nada que me estressasse, aliás, eu nem tenho certeza se eu estava realmente em meu corpo, parecia vagar por aí a te procurar...
As louças do café da manhã e do suposto almoço ainda estão na pia para serem lavados, agora eu janto pensando no quão fui estúpido ao deixá-la partir. Dei-me conta que eu penso em você desde a hora em que acordei, deixei o jantar de lado e liguei o som em qualquer estação. Minha missão não era mais pensar em como faria você voltar, era muito improvável, então apenas tentei deixar você ir...
Logo agora que consigo pensar nos meus amigos, passa aquela música que me faz lembrar de ti. Pego um copo e ponho uma dose de Whisky. Pergunto-me por que é que tem que ser assim, subo para o quarto com a intenção de, finalmente, dormir, mas rolo na cama a te esperar...
Já é madrugada e as lembranças tendem a continuar, mas por quê? Por que essa tortura?
Amanhece e o sono chega, mas não adianta mais, tenho que ir à faculdade mais uma vez. Os pratos, copos e talheres continuam sujos, levanto pra voltar à rotina frenética dessa droga de cidade grande.
A louca, desenfreada e contínua busca pelo dinheiro que nos consome me traz de volta à realidade. Preciso estudar, trabalhar e me matar para garantir o meu futuro que, diga-se de passagem, sem você não tem o menor sentido. Quem sabe amanhã, talvez... Eu possa finalmente te esquecer e pôr um fim nesse sofrimento que me mata aos poucos.
Quem sabe...

Texto: AdolfoFreitas/Dodô - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/AdolfoFreitas
Colaboração: KlebsonJordão/Kreubi - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/Kreubi

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Fatos inaceitáveis


Uma coisa que não pôde passar despercebida pelo meu olhar atento – e aguçado – é o fato de frequentemente poder ser visto em qualquer lugar: garotas incrivelmente lindas e seus namorados com notórios níveis de beleza extremamente questionáveis. O mais incrível nisso tudo, é que, em muitos casos o cara nem tem dinheiro, ou seja, que desgraça foi que essas mulheres viram nesses caras? “Oxe, mas o que conta é a beleza interior...” Pra me fazer rir você terá que fazer bem mais do que isso... Depois de muita observação, finalmente, eu cheguei a uma plausível conclusão: a lábia/papo/conversa é, de fato, uma arma poderosa na hora da conquista. Algumas palavras ao pé do ouvido, uns risos depois, e lá se vai a garota pros braços do patinho feio. Certo, certo. Não sou lindo, mas com certeza, tenho um nível de beleza bastante aceitável. “Você já parou pra pensar que isso pode ser o tal amor?” Claro! Mas essa hipótese foi logo descartada, ao perceber que as mulheres – bonitas ou feias – gostam além de dinheiro, muito, mas muito mesmo de uma boa conversa. E pode acreditar: já fiquei com váááááárias garotas com níveis de beleza absurdamente altos, todas na base da conversa. Vale até uma mentirinha, mas tem que pegar leve, claro. Outro fato questionável: o que as garotas vêem naqueles caras com pegada de ladrão? É extremamente inaceitável que uma mulher bonita pegue um cara desses – e olha que não são poucos os casos –. Põe camisa de marca, geralmente, Sea Way, Cyclone, Mahalo, ou qualquer outra da linha Surf Wear, uma bermudade veludo – da Cyclone, uma Kenner, uma Vuarnet e um boné sobre o rosto. Pronto! Ficou gostoso! E ainda morde os lábios... E mais, ainda têm coragem de colocar a sua opção de não trabalhar no perfil do Orkut: Fulano de tal, Iraque – ‘Latrol’. Parece até que hoje em dia ser ladrão é motivo de orgulho. Não é. Não mesmo. E quando a policia pega: “Ô tio, eu sô ladrão não, eu sô estudante, eu sô trabaiador...” Tsc, tsc, tsc. Pura hipocrisia. Se eu fosse neurologista eu mataria uma garota que pega um cara desses, abriria sua cabeça e faria um estudo sobre o seu cérebro. Sério, isso não deve ser normal. Não mesmo. Já vi ex-namoradas minhas saindo com rapazes deste tipo. Completamente inaceitável! E não para por aí. Algumas dessas garotas metem a mesma Vuarnet, a mesma Kenner (taí uma coisa que definitivamente não combina com mulheres – Kenner –), uma blusinha bem curtinha pra mostrar seu piercing no umbigo, daqueles grandes – geralmente utilizados por dançarinas – e ahhhhhh, a saia de veludo da Cyclone... Dá até dó.
Outra coisa que me deixa indignado: algumas garotas, só por terem nascido em lugares periféricos não se dão o mínimo de valor... Não, não estou isentando as patricinhas, claro que não, algumas delas são bem putas. O que eu quero dizer é que: eu gosto de uma putaria, mas mulheres que ao ouvir: “ ♪ A piriguete ta com um fio só, todo enfiado (...) ♫ ” e já vai colocando o seu rabo pra cima pra algum cara bem sacana – como eu, sim eu sou um deles – virem puxar a sua calcinha não merece qualquer valor. Quem sabe uma foda com duas camisinhas, no mínimo. O pior disso tudo é que: Nunca iremos entendê-las.

Texto: AdolfoFreitas/Dodô - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/AdolfoFreitas
Colaboração: KlebsonJordão/Kreubi - Siga-o no Twitter: http://twitter.com/Kreubi