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domingo, 27 de junho de 2010

Vida que segue


Vida que segue

Você sente como se o mundo conspirasse contra ti. Você sente como se nada mais valesse à pena. Você sente como se tudo o que sonhou ou vislumbrou nunca tivesse existido. Sente também como se um vazio aterrorizante tomasse conta de você. E então começa a compreender.
Uma vida pra se entender, uma vida pra se viver, uma vida pra se perder. Nada como um dia após o outro para, enfim, você perceber que tudo não passou de ilusão, então você pensa que nada que seja feito possa trazer de volta a sua felicidade. E é aí que você passa a questionar se é mesmo essa vida que quer ou se vale a pena viver essa vida. Você pensa nas chances que teve; naquelas que aproveitou e naquelas que desperdiçou. E é aí que você pensa: “E se...” E se de nada vale. O que vale é a tentativa, ainda que frustrada, ainda que frustrante.
É como se você quisesse uma segunda chance, mas não pode tê-la novamente, o que resta é se arrepender. “E se...” Início de frase utilizado por pessoas que não tiveram a competência de aproveitar enquanto a oportunidade se ofereceu. E a vida continua, mas não recomeça. Por que por mais que você tente esquecer o passado, ele estará influenciando de alguma forma no presente. Onde resultados de escolhas interferem no estado atual. A pessoa que mexeu com você um dia, mas não teve coragem de chegar, a pergunta que você sabia a resposta, mas estava inseguro e não quis responder, a porta que ainda estava aberta, mas você não quis entrar, e agora você, quer só que ela já se fechou... É sempre assim: a gente cospe no prato que come, pra depois querer comer no prato que cuspiu.
E no final, você não sabe se conseguirá, mas o que realmente importa é que você nunca pode deixar de lutar. Por que a vida continua, mas nunca recomeça.



Texto: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô
Colaboração: KlebsonJordão/Kreubi - Twitter-Kreubi

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