Pages

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sala de Aula

                                                            
Você está sentando em uma carteira ouvindo uma pessoa que supostamente entende do assunto que você está aprendendo. Isso mesmo, você está em uma sala de aula.
Passamos, durante muito tempo das nossas vidas, em uma sala como essas para aprender, mas isso não significa que vamos realmente absorver algo relevante para a nossa vida ou para as pessoas que nos rodeiam. Nem sempre a pessoa com a missão de te passar conhecimento é capaz de conquistar tal proeza. Em alguns casos, acho que posso afirmar que em muitos casos, o seu professor nem tem tanto conhecimento sobre o assunto que está abordando. Em outros eles sabem muito do assunto, mas não conseguem passar para o aprendiz. Muitos deles se acham os “donos da verdade”, mas a verdade é que qualquer um dos seus alunos poderia muito bem estar ali no seu lugar.
Claro que há determinados casos onde você se sente tão envolvido que aprende rindo, aprende sem fazer o mínimo de esforço. Falo isso por que estudo a 17 anos da minha vida – sem interrupções – e sei do que eu estou falando. Há professores que nunca esqueceremos. Todos têm, pelo menos, um professor inesquecível. E quando achamos um melhor do que o nosso – antigo – preferido, ficamos maravilhados. Sabemos que há pessoas que ainda sabem ensinar, educar.
Existem professores de todos os tipos:
- Os paizões, que são aqueles que interagem com os alunos, de forma que esses se sintam à vontade pra se expressar quando necessário.
- Os amedrontadores, que são aqueles que não ensinam, de fato. Eles impõem medo nos seus alunos, tocam o terror e fazem com que os alunos de matem de estudar para aprender o assunto e não perder em sua matéria, tirando deles o prazer em aprender.
- Os brincalhões, que são aqueles que ensinam brincando. Eles fazem a sala de aula parecer uma sala de estar onde os amigos se encontram para trocar informações e absorver conteúdo.
- Os “donos da verdade”, o que detém o maior nível de conhecimento dentre todos os outros habitantes da Terra, aquele que quando um aluno ousa discordar da sua opinião é capaz de transformar um debate em uma discussão.
- Os antipáticos, que são aqueles que botam pra fuder nos alunos que não vai com a cara. E pega leve com aqueles que se sentam na frente. Não falam nada pra descontrair e tornam a aula uma tortura.
Eu tive vários ótimos professores ao longo da minha vida. Conheci a Sônia (minha professora da 1ª série). Na 3ª, a Fátima. Na 6ª, o Ricardo (Geografia). Ainda na 6ª a Carmem, depois na 8ª, junto com a professora de História e Sócio Histórico que não me recordo o nome agora. E finalmente no 1° ano, conheci Silvestre (Química), que foi meu professor até o 3° ano. O meu melhor professor, até então. Achei que nunca mais fosse encontrar um como ele, mas ainda no 3° ano, simultaneamente, fiz cursinho pré-vestibular. Aí fudeu. Lá eu encontrei vários “melhores professores” da minha vida: Luis Alberto (Gramática), Celso (Literatura), Tio Chico (Matemática), Alessandro (Química), Vinicius (Biologia), Berê (Física), entre outros. Foi o melhor aprendizado da minha vida. Lá eu aprendia brincando, rindo. Eles me faziam achar que estudar era uma tarefa fácil, eu parecia não ter obrigação. Estudava por que gostava. Eles eram muito foda. Então, no 2° semestre na faculdade tive o prazer de conhecer o Nildo (Marketing), que apesar do seu jeito meio amedrontador, me fazia gostar de estudar. No 4° e no 5°, Sônia (Produção Gráfica), agora no 5°, Mario (Redação Publicitária). Eles me levam a crer – mesmo não sendo vossa intenção – que nem sempre é pra levar a vida tão a sério. Não vou falar dos meus professores, que em minha opinião, foram ruins, nem daqueles que não deixaram marcas na minha vida, apenas quero lembrar a mim e a quem ler este texto que podemos aprender com alegria, não precisamos aprender com medo ou receio.
Não quero puxar saco de alguém que possa supostamente ver minha breve lista, mas se alguém da lista vir, espero que se sintam honrados. Realmente gostei de tê-los como professores. E que muitos professores leiam isso e revejam seus métodos de ensino, caso seja necessário.


Texto: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô
Colaboração: KlebsonJordão/Kreubi - Twitter-Kreubi

Nenhum comentário:

Postar um comentário