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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O tempo passa


Passamos entre 14 e 17 anos frequentando um lugar que, de certa forma, influenciará – e muito – no que seremos quando chegarmos à fase adulta. Não estou falando de sala de aula. Estou falando da escola (colégio) como um todo. Lá aprendemos a interagir, passamos a adotar algumas pessoas como exemplo.
Descobrimos quais são os nossos talentos, o amor, a excitação e a amizade. Ali construímos o molde da nossa personalidade amanhã.
O problema é que tal ambiente tende a nos deixar com uma “crise de identidade”, a gurizada de hoje vai pra escola para brigar, roubar e bater nos professores. Me chame de careta, de cafona, do que quiser, mas isso não está certo. E pra quem ainda está vivendo essa fase e nunca ouviu isso de ninguém, eu vou falar pra você agora: ESSA é a melhor fase da vida de uma pessoa.
As resenhas, as aulas filadas, o futsal, o vôlei, o basquete na quadra, os intervalos, os sorrisos, os beijos (entre outras coisas) vão ficar eternizadas em nossas memórias. Vivemos aquilo apenas uma vez, infelizmente. Crescemos, amadurecemosno meu caso, nem tanto – passamos a ter obrigações realmente importantes, cumprir rigorosamente os horários. O tempo passa e sempre vamos nos lembrar “daquele tempo” que não tínhamos preocupações reais, apenas tínhamos amigos e passávamos a manhã/tarde cercados de mais amigos, ficantes e namoradinhas... E é um tempo que não volta mais. Relembramos de coisas que poderíamos fazer diferente, coisas boas que faríamos tudo de novo, mas a vida anda pra frente deixando apenas algumas boas recordações. Quando nos damos conta, temos a fatura do cartão de crédito para pagar, o horário da faculdade e do trabalho a cumprir, o sono bate mais forte. Aí é quando lembramos que houve uma época que a gente podia passar a tarde inteira dormindo (quem estuda/estudou de manhã sabe do que eu estou falando), e que agora não podemos mais. A correria não deixa. Aquelas oito horas diárias de sono dificilmente são cumpridas, chega o fim de semana, temos de beber pra termos gás outra semana... É aí que a gente vê, que realmente, o bicho tá pegando. O desespero toma conta e pegamos uma boa quantia do salário e jogamos na loteria... Vai que dá, né?
A correria do dia a dia é malandra. Ela não para, apenas dá um tempo.
Viva intensamente.


Texto: AdolfoFreitas/Dodô - Twitter-Dodô
Colaboração: KlebsonJordão/Kreubi - Twitter-Kreubi


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