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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Deixa-me

Deixa-me viver o meu sonho milionário, dirigir meu carro veloz e ter um mulherão ao meu lado; Deixa-me viver a minha vida classe média, pegar o meu buzu e ter uma garotinha comigo; Deixa-me viver novamente minha fase adolescente, ir pra o colégio e não ter com que me preocupar; Deixa-me tentar viver minha juventude, ir pra minha balada e não ter outro dia pra alguém reclamar.
Deixa-me viver, viver a minha vida, do jeito que eu achar melhor, sem ter ansiedade, sem ter taquicardia, sem ter insônia, ou agonia. Deixa-me ir pra onde eu quiser: pegar uma onda, voar, saltar, ou apenas mergulhar; deixa-me dormir, à noite, em horário comum sem interrupções; deixa-me acordar, na hora que eu quiser ou, apenas, na hora que eu precisar. Será que eu posso querer tudo? Será que eu posso ser ambicioso em paz? Ou será que eu tenho que viver nos limites que você me impõe?
Devo sempre ganhar até perder a graça ou devo, de vez em quando, perder umas e ganhar estímulo para a próxima? Devo sempre me superar ou devo, de vez em quando, me contentar ao chegar a meu limite? Conseguiria eu me superar ou é tudo papo furado e eu sou um fudido mesmo? Será que todo esse esforço terá sido em vão? OU NÃO?
Será que eu posso escrever semanalmente? Será que eu posso parar de escrever? Será que eu devo? Será que eu posso ser um poeta? E publicitário, quem quer? Será que um diploma mudará toda a minha vida? Provavelmente não. E daí? Eu to fazendo a minha parte.

E o que tiver de ser, será.
Não entendeu? Então deixa pra lá. Fazer o quê?



Texto: Adolfo Freitas @AdolfoFreitas
Colaboração: Klebson Jordão @Kreubi

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