Tenho pensado ultimamente como tem estado a minha vida: Cheguei a uma conclusão que eu não gostei. Sinto que todos esses 21 anos de tantas conquistas, algumas decepções, muitas alegrias, algumas tristezas, tantos acontecimentos, tantas lembranças, tem se resumido a uma sensação estranha que minha cabeça insiste em criar. Uma sensação horrível, segundo o psicólogo, psicológica; segundo o clínico, psiquiátrica.
Parei de passar noites fora, parei de fumar, praticamente parei de beber, tenho me concentrado nas disciplinas da faculdade, tenho tentado, ao máximo, me dedicar a esse curso que já está no seu último ano. Há pouco mais de um mês encontrei mais um motivo de acreditar que tudo pode acontecer: Letícia. Essa garota que ressurgiu em minha vida depois de tanto tempo, que me fez sentir de novo essa vontade de estar com alguém, de querer agradar alguém.
Tenho tentado, também, reencontrar meus amigos com mais frequência, inclusive chamei alguns pra passar São João comigo, na minha casa, em Amargosa. Tenho tentado melhorar a relação com meu pai, com os vizinhos (na medida do possível), tenho ficado mais calado, ao invés de me abrir – como fazia antes – e tenho conseguido controlar algumas emoções e algumas vontades. Fiquei tão feliz ao perceber que sou capaz: de falar ‘não’, de rebater críticas quando acho que não mereço, de argumentar sobre algo que me incomoda, de fazer alguém sorrir, mesmo estando tão triste. Tenho estado até mais feliz ultimamente, tenho sorrido com mais espontaneidade, tenho estado à vontade em situações que me deixavam desconfortável, tenho feito coisas que achei que não era mais capaz, MAS SOU.
Tenho sentido mais falta de Raphael Alves, de Alisson Freitas, de Klebson Jordão, de Diuly Sena, de Larissa Tannus, de Luciana Oliveira, de Lucas Souza, e de outros amigos do tempo do Serravalle que já não vejo há algum tempo. Reencontrei Huã, depois de quase um ano, falei pra ele o que eu tava a fim de falar, mostrei a minha insatisfação com sua ausência, mas não queria acabar com o clima legal que tava e deixei o resto pra outro dia, quando tiver todo mundo (se esse dia chegar e eu ainda estiver vivo) pra todos nós colocarmos o que queiramos colocar. Voltei a falar com Loren com mais freqüência, estávamos distantes, estranhos, amigos de internet. Conheci melhor pessoas que eu não percebia na multidão (Bel Bahia, uma garota simples e gente fina como poucas naquela faculdade) e gostei. Redescobri que Forró é o estilo musical que eu mais gosto – inclusive estou ouvindo agora.
Tenho estado emocionalmente fraco, instável, fico triste (abatido) facilmente, mas parei de viver o passado que nunca mais voltaria, aprendi a olhar o presente, e às vezes, até o futuro. Eu só sei que os dias têm sido mais rápidos, não dá pra parar e pensar em nada, quando vejo, já acabou o dia e não concluí o que me propus quando acordei. Aliás, tem dia que eu acordo e não tenho vontade de nada, nem de levantar da cama, ou no máximo, levantar da cama e ir pro sofá... Tenho estado estranho assim mesmo, desse jeitinho que eu to falando. Mas aí fica pra mais detalhes um outro dia.
Leia, ouça, curta. Música linda. "Coyotes, Jason Mraz"
Texto: Adolfo Freitas @AdolfoFreitas
Colaboração: Klebson Jordão @Kreubi
Acho que eu deixei para o ultimo semestre da faculdade pra conhecer as pessoas mais legais. Em 4 anos e meio eu conheci tanta gente, fiz amigos, perdi amigos, detestei pessoas e aprendi o mais importante ... Aprendi a conviver com as diferenças. O mais engraçado é que nos 45 do segundo tempo foi que eu conheci as pessoas mais legais. Você foi uma delas...Quem diria que o MALDITO trabalho de Mídia ia fazer isso ne?! Espero que tenha sido tão bom pra você quanto foi pra mim... Um aprendizado.
ResponderExcluirSempre dizem que a vida é feita de fases. Essa sua fase de descoberta e agonias vai fazer toda diferença la na frente. Concerte seus erros, refaça seus passos e reviva alegrias. Deixe de lado tudo que não te faz bem e multiplique as coisas boas. Saiba que vc conquistou em mim um carinho gigantesco e que apesar da distancia (inevitável agora por sair da faculdade) você pode contar sempre com a parceira aqui.. seja pra estudar, pra fazer trabalho (rs) ou pra conversar. ;)
Beijos e beijos!